CLIQUE NA FOTO E SEJA LEVADA Á MAIOR LOJA VIRTUAL DE BIQUÍNIS DO BRASIL E DO MUNDO

CLIQUE NA FOTO E SEJA LEVADA Á MAIOR LOJA VIRTUAL DE BIQUÍNIS DO BRASIL E DO MUNDO
CLIQUE NA FOTO E SEJA LEVADA Á MAIOR LOJA VIRTUAL DE BIQUÍNIS DO BRASIL E DO MUNDO

domingo, 14 de outubro de 2012

Ilhota em Santa Catarina produz biquínis e lingerie da melhor qualidade

OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS

 
 
Autor: Graciely Guesser
Ilhota é considerada capital catarinense da moda íntima
. Conheça as estratégias que transformaram a cidade em referência

Nos últimos vinte anos, Ilhota vem passando por grandes transformações. Após a crise no setor têxtil nos anos 90 em que muitas famílias ficaram desempregadas, o município evoluiu e hoje ostenta o título de Capital Catarinense de Moda Íntima e Praia. Segunda maior economia da cidade, o segmento têxtil reúne cerca de 120 confecções registradas e 40 informais.

O que mais movimenta o segmento é a confecção de peças de lingerie. Esse setor responde por 80% da produção total de moda íntima e praia. Os outros 20% são de linha praia (maiô e biquíni). "Muitas empresas que produzem apenas moda praia estão ampliando a sua produção para a fabricação de lingerie, pois há épocas do ano em que há falta de demanda no mercado", conta o gestor executivo da Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL), Fernando Devito.

Grande parte da produção é enxugada pelo mercado interno, onde as regiões Sul e Sudeste absorvem boa parte do total de peças. Cerca de 10% da fabricação de moda íntima e praia é destinada ao mercado internacional. De acordo com o gestor executivo do CDL, o segmento que mais tem saída é a linha praia. "Atualmente, cerca de dez empresas exportam. Dal Costa, Ducel e Mardu são algumas delas. A maioria das peças vai para a Europa", explica.

UM POUCO DA HISTÓRIA

A produção de peças de lingerie e biquínis de Ilhota está intimamente ligada ao setor têxtil de Blumenau. Na década de 70, a força produtora de Santa Catarina se concentrava no potencial industrial blumenauense. Empresas de grande porte como Hering, Malwee e Sulfabril utilizavam mão-de-obra ilhotense na fabricação de peças.

Com a abertura do mercado brasileiro para as importações e exportações no início de 1990, a economia do país sofreu um impacto negativo. Um dos principais fatores para a queda na economia foi o modelo de produção brasileira, que não dispunha de tantos recursos tecnológicos como os internacionais.

Como conseqüência, muitas empresas não resistiram à concorrência internacional e fecharam suas fábricas ou reduziram a produção. Em Santa Catarina, a queda na economia afetou diretamente o setor têxtil, provocando desemprego. Uma das regiões que mais sofreu impacto foi o Vale do Itajaí. Costureiras de Ilhota que trabalhavam nessas empresas tiveram seus postos de serviço fechados, obrigando-as a buscar alternativa para sustentar suas famílias.

A primeira foi terceirizar a mão-de-obra. Ex-costureiras do município montavam facções em casa e costuravam sem vínculo empregatício para as grandes empresas.

Se por um lado a queda na economia afetou negativamente Ilhota, o momento serviu de impulso para desenvolver novas atividades. Uma delas foi a confecção de moda íntima e praia. Empresas como a Confecções Dal Costa e Grabriely Moda Íntima, pioneiras no setor, começavam a crescer.

PIONEIRISMO NA CONFECÇÃO DE MODA PRAIA

Trocar a fabricação de vestidos de noiva pela confecção de maiôs e biquínis. Foi assim, em 1987, que iniciavam as atividades da primeira empresa de Ilhota a produzir linha praia. Fundada pelos empresários Carlos César da Costa e Maristela Pereira, a Dal Costa fabrica atualmente cerca de 10 mil peças mensais.

Antes de começar a fabricar linha praia, Carlos e Maristela possuíam uma sala que alugava vestidos de noiva. A falta de demanda no mercado pelo produto fez que com que os empresários optassem pela diversificação da atividade, confeccionando malhas para vender aos atacadistas.

A iniciativa de fabricar linha praia surgiu por acaso. "Uma das funcionárias da loja já havia trabalhado em uma empresa de Gaspar nesse ramo e disse que a confecção de maiôs e biquínis estava tendo bastante aceitação no mercado e eram poucas as confecções que trabalhavam com o produto", conta uma das gestores da Dal Costa, Marisa Terezinha Pereira.

Meses depois a loja foi adquirida pela mãe de Maristela, Nilva Pereira, que é a atual proprietária.

O que no início eram apenas quatro funcionários trabalhando com moda praia, quadruplicou. Hoje são 15 pessoas que atuam no ramo. De acordo com Marisa, o número é ainda maior no verão. "Nessa época do ano os produtos da loja tem bastante saída e contratamos aproximadamente mais dez atendentes", diz.

Os materiais usados na confecção das peças são tecidos em lycra e próprios para linha praia.

Para Marisa, os diferenciais da Dal Costa estão na seleção das peças e nos investimentos em marketing. "Apostamos em modelos de bom gosto, modelagem definida e tecidos com estampas diversificadas. Tudo isso faz com que a empresa se diferencie das demais confecções do setor", avalia. "Além disso, temos a disposição dos nossos clientes e visitantes, um site para que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer melhor nossos produtos, e criamos catálogos para que os mesmos vejam as últimas tendências da linha praia que estamos produzindo", salienta.

Outro ponto a ser destacado é o parque infantil e o local para tomar café que criamos. Tudo isso serve para dar mais conforto aos filhos e maridos das clientes, uma vez que as compras são realizadas geralmente por mulheres¿, expõe.

De acordo com a empresária todos esses diferencias se refletem nas vendas da empresa. "Nos últimos anos o volume de vendas cresceu 50%", comemora. As peças são vendidas na própria loja no varejo e atacado. "As vendas por encomenda são feitas, principalmente, por pessoas da região Sul e Sudeste", acrescenta.

Para os próximos meses, a Dal Costa planeja reformar a loja. "Esses investimentos tem como objetivo central melhorar cada vez mais o atendimento aos clientes", avalia.

GABRIELY MODA ÍNTIMA

Fundada em 1987, a Gabriely Moda Íntima fabrica atualmente quase 20 mil peças entre lingerie, biquínis e cueca. Seus produtos são vendidos para os três estados do Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Um dos próximos investimentos da empresa será expandir a marca Gabriely através de uma nova loja no centro comercial FIP, em Brusque.

Os principais materiais utilizados na produção são o tecido e o elástico. "A maioria dos tecidos são a poliamida e a poliviscose. Grande parte desses materiais vem de São Paulo. Já o elástico é proveniente de Jaraguá do Sul. Usamos ainda, outros aviamentos de Brusque, São Paulo e Rio Grande do Sul", expõe a proprietária da Gabriely, Simone Mengarda. O número de máquinas usadas na produção das peças gira em torno de 50. As principais são overlock, reta, cobertura e traveti.

Simone Mengarda destaca que os diferenciais da empresa estão na qualidade e diversidade dos produtos."Buscamos sempre oferecer as melhores peças aos clientes", salienta.

Atualmente a confecção possui 70 funcionários. Seu crescimento nos últimos anos é de aproximadamente 30%.

A Gabriely iniciou suas atividades em 1987 fabricando moda praia. Durante dois anos este foi o carro chefe de sua produção. Com o intuito de diversificar a linha de produtos, a empresa decidiu apostar no segmento de lingerie.

MAIOR FEIRA DO ESTADO NO SEGMENTO MODA ÍNTIMA E PRAIA

O que começou como um simples desfile de moda íntima e praia das confecções de Ilhota é, hoje, um verdadeiro centro de negócios. Considerado a maior feira do Estado no setor, a Delamip (Feira de Tendências da Moda Íntima e Praia) comemora em sua sexta edição, os resultados obtidos nos quatro dias de feira, que aconteceu de 27 a 30 de maio de 2008.
















De acordo com o gestor executivo da Câmara de Dirigentes e Lojistas da cidade (CDL), Fernando Devito, um dos organizadores do evento, houve negociação em quase 100% das empresas participantes.

A ideia de montar o evento surgiu após o município receber em 2002 o título de "Capital Catarinense de Moda Íntima e Praia" pelo Governo do Estado. "Nosso objetivo era comemorar a premiação e divulgar o titulo, mostrando através de um evento o potencial da indústria de Ilhota", esclarece o gestor executivo.

A Delamip é organizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação Comercial e Empresarial de Ilhota (ACE-IL) em parceria com o Governo do Estado, através do Futurismo (Turismo de Compras) e Governo Municipal. Seus principais patrocinadores são fornecedores de matéria-prima como tecidos e aviamentos.

Há três anos o evento passou a ser uma feira de negócios. "No início a Delamip era Desfile de Lançamento de Moda Íntima e Praia e tinha mais um caráter publicitário, voltado à exposição de Ilhota por meio das confecções. Hoje virou uma questão de negócios, e o evento continua com o mesmo nome, mas com outro significado: Feira de Tendências da Moda Íntima e Praia", explica Devito.

MUDANÇAS NA SEXTA EDIÇÃO DA DELAMIP

Uma das mudanças da Delamip 2008 foi a data do evento, que aconteceu em maio. O aumento do número de visitantes que vem a região participar de feiras como a Texfair (Feira Internacional da Indústria Têxtil), de Blumenau, e a Rodada de Negócios, de Brusque, foi um dos fatores que levou a organização do evento a optar pela modificação. "Recebemos também muitas sugestões dos próprios expositores do Delamip para mudar a data. Em muitos casos eles aproveitam a viagem de negócios para prestigiar não uma, mas vários eventos do setor. É mais cômodo para eles", explica o gestor executivo do CDL.

¿Temos uma parceria com a empresa de transporte de ônibus Blumentur, onde são fechados pacotes de viagens para empresários que vem a região participar de vários eventos¿, comenta.

Em 2008, oito empresas apresentaram suas coleções através de desfiles.
Quanto aos expositores, o evento reuniu confecções e fornecedores. As confecções participantes foram a Diara Confecções, Márcia Lingerie, Ferlucci BY Poli¿Amory, Izabella Lingerie, Confecções Dal Costa, Gabriely Moda Ítima e Crislane Lingerie - todas de Ilhota - e os fornecedores: Sayoart Tecidos, Ramatex Tecidos, Conformatec Bojos, Lycri Malhas, Cadore, Maq Têxtil, Evidence e Guia Têxtil.

A feira também contou com workshops realizados pelo Senai, Sebrae e o palestrante Carlos Felski, de Blumenau.

A maioria dos visitantes da Delamip são de Santa Catarina. "Cerca de 80% das pessoas que prestigiam o evento é do estado, mas também recebemos visitantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais", conta o gestor executivo.

CRESCIMENTO PROJETADO

Segundo Fernando Devito, a expectativa para as próximas edições do Delamip é que o evento seja ainda maior. "Nossa meta é crescer em torno de 40% em relação à edição anterior. Já temos um planejamento para a feira até 2010 e a cada evento superamos as expectativas", comemora.

Com o intuito de divulgar cada vez mais a Delamip, os organizadores do evento participam o ano inteiro e em todo o Brasil, de feiras e eventos. "Temos uma publicação da Delamip no Guia Têxtil de Blumenau e uma página no site Costa Verde e Mar, que divulga o turismo dos municípios da região", conta.

FALTA DE MÃO-DE-OBRA

Um dos problemas enfrentados pelas confecções de Ilhota é a falta de mão-de-obra. Muitas pessoas estão deixando de trabalhar nesses locais para buscar melhores oportunidades de vida. "Os jovens de hoje preferem investir em um curso superior, onde terão mais chances de crescer profissionalmente", explica a secretária de Indústria, Comércio e Turismo de Ilhota, Marisa Terezinha Pereira. "Grande parte dos profissionais das confecções são mulheres que já tem experiência no ramo e jovens que trabalham para pagar os estudos", conta.

Para tentar solucionar o problema, a Prefeitura de Ilhota e a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo em parceria com empresas da cidade, promovem cursos de capacitação profissional que ensinam corte e costura de peças de lingerie e moda praia.

Nos últimos três anos cerca de 380 pessoas já participaram dos cursos de capacitação profissional. Atualmente 20 alunos estão fazendo as aulas. Segundo Marisa, a maioria das pessoas que tem interesse em ingressar no curso são pessoas desempregadas que querem aprender algo para conseguir emprego. E se engana quem pensa que só os moradores de Ilhota decidem fazer os cursos. "È comum recebermos pessoas de municípios vizinhos", comenta.

O material utilizado nas aulas é doado por confecções da cidade. "Os cursos são ministrados por professoras da localidade, que já atuam no ramo", diz a secretária. Ele dura em média 72 horas.

Além do curso de capacitação profissional, outros dois cursos são promovidos pela Prefeitura: o de Vendas para Empresas e de Espanhol. Eles contam com a parceria da Câmara de Dirigentes e Lojistas (CDL), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e centros de treinamentos.

*Os textos aqui apresentados são extraídos das fontes citadas em cada matéria, cabendo as fontes apresentadas o crédito pelas mesmas.
Fonte: Noticenter

Nenhum comentário:

Postar um comentário